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            EDIFÍCIO SIGNORE DEL BOSCO

ANTÔNIO VIRZI, Arquiteto - “Gaudi Carioca”

 

Quase todas as suas fantásticas obras foram ao chão nas décadas de 60 e 70 por conta da especulação imobiliária. Em 1912, o artista construiu uma de suas obras primas de art noveau, a Vila Marinha (demolida). Diversas obras se seguiram, podemos lembrar o prédio do Elixir de Nogueira (demolida) - ano de 1915, a Casa Martinelli (demolida), a Casa Smith de Vasconcellos (demolida), a Villino Silveira - ano de 1915 (Praia do Russel 734).

 

O castelo Villino Silveira, preciosidade da art nouveau, por pouco escapou de ser demolido. Seu tombamento foi defendido por Lúcio Costa, que anos antes havia feito severas críticas à obra de Virzi, chamando-o inclusive de ‘ovelha negra da crítica arquitetônica contemporânea’. Em 1920 marca sua obra quando inicia sua fase racionalista, de linhas geométricas, onde o ornamento, se não deixa de existir, passa a ser mais comedido, obedecendo ao princípio de funcionalidade. Nesta fase, uma de suas obras é a fachada do Cine Copacabana. No ano de 1954 o arquiteto falece em São Paulo.

 

 

"Virzi como inúmeros outros arquitetos é esquecido solemente pela grande imprensa, que só pensa numa unânimidade burra, que já teve seu tempo de deveria entregar os projetos públicos a uma nova geração que vem se mostrando muito pouco. No Rio infelizmente pouca coisa nova, vindo de nomes novos surge, nem parecendo a efervecente cidade dos anos 10 até o início dos 70, palco de brilhantes projetos, muitos passados desapercebidos como seus autores, outros impiedosamente demolidos."  (Andre Decourt )

 

Originário de Palermo e nascido a 13 de maio de 1882, Antonio Virzi era filho de Henrique Virzi e Maria Bruno Virzi, e veio para o Rio de Janeiro circa 1910. Faleceu em São Paulo em 1954, com 72 anos. A formação profissional de Virzi seria bastante completa, tendo cursado arquitetura no Instituto de Belas Artes em Nápoles e no Instituto de Belas Artes de Milão. 

 

 

Sabe-se, sem maiores detalhes, que Antonio Virzi se casou na Itália, onde deixou um filho e sabe-se que, recém chegado ao Brasil por volta de 1910. Um ano após sua chegada vivendo no Rio de Janeiro, foi indicado pelo artista plástico Rodolfo Benardelli para a cadeira de Arquitetura e Ornamentos da Escola Nacional de Belas Artes. Não ficou, entretanto muito tempo. 

 

Sua maior influência era a art nouveau, inspirada na temática italiana. Apaixonou-se por Lívia da Rocha Miranda com quem teve um filho e se casou no mesmo ano, num namoro relâmpago. Como a família Rocha Miranda pertencia à elite carioca, provavelmente essa união lhe abriu as portas da sociedade e deve lhe ter trazido contatos que lhe permitiram obter projetos e obras na cidade.

 

 

Seus projetos congregam as observações de formas e volumetrias de sua época, um rico período de manifestações arquitetônicas vivenciadas nas cidades mais influentes e desenvolvidas da Itália sem, entretanto, se distanciar da tradição edilícia multifacetada e repleta de influências de diferentes culturas de Palermo, sua cidade natal. É apelidado por muitos como o "Gaudi Carioca"

 

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